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PROJETO AFROINFÂNCIA
Por Isabela Cardoso e Larissa Maia
A iniciativa tem o objetivo de promover educação afrocentrada de forma gratuita para crianças pretas.
NOTÍCIA AFROINFÂNCIA: Sobre
O projeto "Afroinfância", que promove o compartilhamento de práticas voltadas para a construção da identidade negra na educação infantil, foi criado há cerca de três anos pela educadora Carolina Adesewa, residente de São Francisco do Conde, na Bahia.
A iniciativa começou após Carolina perceber a falta de conteúdo referente a cultura africana nas escolas, que é assegurada pela lei 10.639/03. "O Afroinfância começou como desdobramento do meu trabalho em sala de aula".
No início, a divulgação acontecia no Instagram pessoal da educadora, até ela decidir criar uma conta própria para o projeto. Além disso, as atividades do projeto são realizadas de forma colaborativa, pensando na construção positiva da cultura negra. As pessoas podem participar de forma gratuita dos encontros realizados.
As ações do projeto incluem: oficinas de máscaras africanas e abayomi (bonecas africanas), momento de contação de histórias e outras ações educativas. Mais opções serão incluídas, como um clube de assinatura de livros e jogos que está em andamento. "É muito importante para nós, pessoas que possam fornecer materiais para o projeto, por conta dessa falta de apoio financeiro".
O projeto não recebe nenhum apoio financeiro, conta com doações pessoas que entendem a importância de uma educação afrocentrada. São materiais como livros de literatura negra infantil e também materiais para a produção das oficinas, como tinha guache, pincel, tecidos.
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NOTÍCIA AFROINFÂNCIA: Imagem
Um dos planejamentos do projeto é o espaço físico Quilombo Educacional Afroinfância que, por causa da pandemia docoronavírus neste ano, precisou suspender a organização até que a situação se normalize.
O espaço tem a proposta de oferecer oficinas e aulas gratuitas para as crianças da comunidade de Pirajá e adjacências. "O objetivo do afroinfância é possibilitar a criança negra um espelho autêntico, onde ela possa se ver de forma bela e inteligente, permitindo que essa criança construa uma identidade positiva pautada nas nossas experiências africanas e afro-brasileiras".
Além disso, nesse período de isolamento social, Caroline também levou o projeto para a internet, através de transmissões diárias no Instagram. Esses momentos fazem uma interação das crianças com diversas atividades que são promovidas pelo projeto, com o intuito de continuar incentivando a cultura africana.
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