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FELUPZ: GRITOS ARTÍSTICOS IMBATÍVEIS 

Por Guilherme Rubini

 O cantor e compositor de Afropop soteropolitano Felupz sempre teve um grito artístico. Desde criança tinha uma grande afeição pelas artes com predominância para o teatro, a dança e a música, e ao se descobrir como um artista obteve a libertação desse grito.


A persona artística Felupz, para ele, é tudo que ele sempre quis ser quando criança, já que na maior parte do tempo ele se sente imbatível e que pode ser ele mesmo sempre. 

Nascido Luiz Felipe Reis, o amor pelas artes vem direto do berço, oriundo de uma família de artistas onde a mãe era dançarina, o pai já participou de uma banda na juventude, e o padrinho, o dançarino Michael Cavalcanti, que sempre me deu aulas de jazz, ballet e direcionamento artístico.


Quando decidiu que queria que a música fosse presente em sua vida como objetivo principal, seus pais apoiaram.

“Nunca tivemos uma condição financeira que pudesse me proporcionar um bom investimento na carreira, então desde o início eu sempre fui produzindo com o que eu tinha e com o que podia, junto com amigos, familiares, etc. Hoje vejo que as coisas tem seu tempo e eu sei que persistindo, lutando e fazendo arte como sempre fiz, tenho muitas metas que sei que tenho capacidade de alcançar e é pra lá que quero ir.” 

Desde criança, Felupz vem formando cabeça sobre o empoderamento, cresceu numa escola católica particular em um bairro nobre de Salvador através de uma bolsa de estudos que conseguiu através de seus dons artísticos e de liderança.


Em relação a diversidade das pessoas do colégio, a disparidade não passou despercebida por Luiz Felipe, mas isso não impediu de ser representante em tudo, de gincanas até espetáculos no fim do ano.

“Quando cheguei eu era uma das poucas pessoas negras em minha classe, coisa que me influenciou até a raspar meu blackpower na época, mas depois que saí dessa bolha, só venho evoluindo e aprendendo mais e mais sobre as coisas da vida, as coisas que passamos e tudo que já passei, fazendo entender mais.” 

Felupz como artista quer passar uma mensagem de confiança, ele quer que saibam que o que cantas é sua verdade, quer passar a sinceridade em todas as músicas que compõem, quer que se identifiquem com o que sentiu no momento.


Seu mantra pessoal é acreditar 100% em si mesmo, mesmo com as inseguranças do dia-a-dia, pode ser difícil, mas ele trabalha que isso não tire o seu foco dos seus objetivos, o foco que ele consegue e simplesmente vai em frente. 

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Sua grande inspiração artística e inspiração de vida é Beyoncé, fã desde os 3 anos de idade, quando a artista ainda participava do grupo Destiny´s Child, até os dias atuais não sai de seus ouvidos a palavra de Beyoncé.


Porém isso é muito plural, pois Felupz é uma pessoa muito eclética em relação a artistas e inspirações musicais, dentre eles é possível nomear: Baiana System, Gilberto Gil, Ludmilla, Kali Uchis, Luedji Luna, Attooxxaa, Rico Dalasam, Karol Conká, Pabllo Vittar, Rincon Sapiência. 

Com um repertório árduo sendo carregado nas costas, onde se predomina a frase “quem vê close, não vê corre” Felupz, como todo artista independente se envolve com todo o processo de criação e divulgação, até o momento tem quatro músicas autorais lançadas, “La Bumba”, “Kentão”, “Estrela” e “Crioula”, todas com videoclipes com muita vibração, conceito bem pensado e bem trabalhados, que tiveram grande ajuda de pessoas maravilhosas em cada um dos clipes.

“Todos foram bem trabalhosos, Mas creio que Crioula fique um pouco a frente porque tivemos quase 10 dias de gravação, cada cena com look, make, cenário e modelos diferentes, o meu diretor de arte Rafael Sampaio me ajudou demais nesse processo, Sara Lopes maquiou perfeitamente e tiveram varias pessoas envolvidas, também foi o mais gratificante por ser um grito de liberdade e ressignificação, mostrar a força da crioula!”

Em 2020, no carnaval de salvador,  recebeu um convite de Uran Rodrigues e  Wilson Café, para ter a oportunidade de cantar em cima de um trio elétrico, o que é um grande marco para a carreira de um cantor soteropolitano, é muito diferente de cantar em um palco normal, “você vê todos de lá do alto super curtindo, pulando, bebendo, beijando, você se sente mais conectado com todos” 

Por oportunidades como essa que fazem Felupz manter a sua visão de mundo bastante otimista, não deixando se abalar por comentários racistas e ignorantes, que o levam a se questionar do porque de uma pessoa tem tanto ódio gratuito, a ponto de boicotar um artista, que trabalha duro pela a sua arte, somente pelo o seu tom de pele.


Ele se força a acreditar que  as mudanças que acontecem e que estão acontecendo, mesmo sendo aos poucos, são bastante significativas, e que o acesso a informação é a solução para muitos problemas. 

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“Precisamos de formadores de opiniões sensatos, principalmente influenciadores, artistas pretos, que possam levar o conhecimento para aqueles que não tem”  

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Recentemente em suas redes sociais, após a sua participação num programa da TVE, sofreu um episódio de injúria racial, onde Felupz não deu muita importância, até que os ataques começaram a se expandir para pessoas que apreciam o seu trabalho, como fãs, amigos, seguidores, de forma muito preconceituosa e agressiva.


Então como uma maneira de conscientizar decidiu se posicionar e expor que essas situações estão ao nosso redor o tempo todo, não como uma pessoa preta ou artista preto mas também como LGBTQ+ . 

Por coincidência, no dia 5 de junho, vai lançar uma música, que foi gravada no final do ano passado, se encaixa na temática do episódio ocorrido. Imbatível, com participação de Vuto e Luan Owe, é um grito, uma chama, um escudo contra qualquer tipo de opressão, unindo os ritmos trap, afropop e funk com uma levada contagiante e uma mensagem inspiradora.


A faixa é uma produção em parceria com a Balostrada Records,  o single materializa o sentimento de ser imbatível, sua atemporalidade, e manter a fé na coletividade. 

Felupz quer que enxerguem ele como uma pessoa se doa sempre a tudo que faz, que ele tem a resistência no sangue, alcançando todos os seus objetivos de mente limpa. 

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 “Quero que todos possam ter a oportunidade que eu tenho de ser livre de rótulos e amarras”

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